Deus da cidade de Mênfis, a residência real. De início, Ptah era provavelmente o divino artesao, o que se confirma pelo seu papel de patrono de artesaos, artistas e construtores de túmulos, incluindo os de Deir el-Medina, e pelo título do sumo sacerdote de Mênfis, que é chamado de 'chefe dos artesaos'. Ptah assumiu o seu papel de deus criador através dessa funçao. Várias fontes, como por exemplo os 'Textos dos Sarcófagos' e a Estela de Chabaka, registam uma versao da criaçao feita por Ptah usando o seu coraçao e a sua língua - os pensamentos que depois eram falados vinham à existência. O deus é ainda mencionado durante o ritual da Abertura da Boca. Na tríade menfita Ptah é esposo de Sekhmet e pai de Nefertum. Imhotep, o divinizado arquitecto da pirâmide escalonada de Djoser em Sakara é também considerado como seu filho. Ptah tem estreitas relaçoes com vários outros deuses, entre os quais os mais conhecidos sao Tatenen e Sokar, a divindade funerária de Mênfis. Desde o Império Antigo que se conhece a ligaçao entre Ptah e Sokar, daqui resultando a criaçao da divindade sincrética Ptah-Sokar, à qual mais tarde se veio associar Osíris, para o deus funerário Ptah-Sokar-Osíris. Ptah era representado em forma humana com o seu corpo envolvido como uma múmia e as maos a irromperem das faixas à frente, segurando um os vários símbolos, habitualmente o signo-ankh, o ceptro-uase e o pilar-djed. Sobre a cabeça tem apenas uma calote azul, apresentando-se regra geral em pé sobre um pódio com a forma do hieróglifo de Maet.