Nome de uma criatura com corpo de leao e cabeça (ou pelo menos a face) humana ou de outros animais, como o carneiro (relacionado com Amon-Ré). Geralmente a esfinge usa a coroa-nemes, uma coroa real. A maioria das estátuas representa uma esfinge deitada, mas também existem representaçoes da esfinge erguida em marcha, ocasionalmente mesmo em pequenas estátuas de bronze; esta última categoria está ligada às representaçoes artísticas do acto de esmagar os inimigos. O mais antigo fragmento de uma esfinge é provavelmente a cabeça de uma estátua de Djedefré, um filho de Khufu (IV dinastia), encontrada na sua pirâmide. A mais conhecida é a enorme Esfinge de Guiza, com 73 metros de comprimento e 20 metros de altura, situada perto do caminho processional da pirâmide de Khafré (IV dinastia). A Esfinge, provavelmente uma representaçao do próprio Khafré (embora alguns autores pensem que seja de Khufu), passou a ser vista, a partir do Império Novo, como uma estátua do deus sol Ré-Horakhti. Foi entao chamada 'Hórus no Horizonte', em egípcio Horemakhet, e Harmakhis para os Gregos. Este culto durou da XVIII dinastia até à Época Greco-Romana. Com o passar dos séculos, a Esfinge de Guiza foi frequentemente enterrada na areia devido aos ventos do deserto, mas foi sempre libertada. Tutmés IV, por exemplo, foi incitado a fazê-lo num sonho, com a promessa que entao se tornaria rei. Este evento de tipo oracular foi subsequentemente gravado por ele numa estela entre as patas dianteiras da Esfinge. Pelo menos a partir do Império Novo, as esfinges eram geralmente dispostas em filas em ambos os lados das vias processionais dos templos. Em alguns casos, como no templo de Karnak, havia esfinges com cabeças de carneiro, o animal sagrado de Amon, deus de Karnak. O nome esfinge deriva do grego, embora tenha sido sugerido que o nome possa derivar das palavras egípcias 'chesep ankh' ('imagem viva'), outro termo egípcio para esfinge.