Termo utilizado para os locais onde foram escondidas várias múmias de reis ou sacerdotes para as proteger dos ladroes de túmulos. O termo é utilizado também para a cova em Karnak onde era enterrado material do templo usado.
Quando a corte foi transferida para o Delta, no período entre a XIXª e a XXIª Dinastias, a necrópole tebana tornou-se num alvo para os ladroes de túmulos. O sumo-sacerdote I decidiu proteger pelo menos as múmias reais; retirou-as dos seus túmulos, muitas vezes já assaltadas, pô-las juntas e escreveu nelas os seus nomes. Depois de as múmias terem sido mudadas para vários locais, algumas delas encontraram descanso finalmente na geraçao a seguir a Pinedjem, até que foram re-descobertas em 1875 pelos egipcios. O achado foi mantido em segredo, e começaram a vender partes. Em 1881, Maspero descobriu que um grupo de 40 sarcófagos com múmias da família real e sacerdotes, das XVIIª e XVIIIª Dinastias, incluíndo as de Ahmés I, Amen-hotep I, Tutmés I-III, Sethos I, Ramsés I e II, tinham sido escondidas no túmulo da esposa de Ahméoe I, Inhapi (XIª Dinastia) em Deir el-Bahari, juntamente com uma lista do conteúdo do túmulo. O túmulo de Amen-hotep II era um esconderijo semelhante, onde Loret encontrou também Tutmés IV, Amen-hotep III, Merenptah e Sethos II.
Numa tentativa de enganar os ladroes de túmulos, os sacerdotes das XXIª e XXIIª Dinastias foram também postos em túmulos comunais. Foram encontrados nove câmaras com 60 múmias, num templo escavado na rocha, acima do templo de Asasif, e durante escavaçoes em Deir el-Bahari, Mariette encontrou 71 sarcófagos pertencentes a sacerdotes de Montu. O achado maior foi de Georges Daressy em 1891 que encontrou 153 sarcófagos, 101 dos quais eram duplos, no túmulo do sumo-sacerdote Ramenkheper em Deir el-Bahari.
Em Karnak foi descoberto um PIT onde sacerdotes enterraram estátuas do templo de Amon. Havia cerca de 800 estátuas, grandes e pequenas, de membros da família real, deuses e particulares. Encontraram também 17,000 objectos, incluíndo muitas estatuetas de Osíris. Os objectos, que datam, na maioria, desde Império Novo ao séc. II a.C., foram enterrados, provavelmente, após uma das sessoes regulares de "limpeza" do templo, cada vez mais cheio.