O deus egípcio da lua, filho de Amon e Mut, com quem forma a tríade tebana. As zonas de culto mais importantes deste deus era no complexo de Amon em Karnak. A palavra egípcia ('khenes'), da qual deriva o nome de Khonsu, significa 'vaguear', pelo que este deus era visto como um vagueador, uma imagem sugerida pelo movimento da lua através dos céus. Este corpo celeste era uma importante determinador de tempo e assim Khonsu tornou-se o senhor do tempo. Nesta capacidade, ele era capaz de determinar quanto tempo um homem ia viver ou durante quanto anos iria reinar um faraó. Khonsu está relacionado com vários outros deuses, principalmente outro deuses lunares e com Tot em especial. Devido ao facto de na teologia egípcia Amon e Ré se terem aproximado gradualmente, criou-se também uma proximidade entre Khonsu, filho de Amon, e Chu, filho do deus solar, dando origem à divindade Khonsu-Chu, de quem os textos funerários dizem ajudar o 'Ba' do morto na sua traversia dos céus.Durante o Império Novo, Khonsu (provavelmente na sua qualidade de deus da luz lunar) era ainda associado ao próprio deus solar sob a forma de Khonsu-Ré. Afinal de contas, a lua era considerada o sol nocturno. Em Karnak, Khonsu era adorado enquanto 'Neferhotep em Tebas'. Enquanto deus-criança, Khonsu era também identificado com o Hórus criança, e como consequência era representado com a madeixa de cabelo lateral, símbolo da infância, e sobre crocodilos, uma atitude comparável à de Hórus nas estelas mágicas. Eram ambos encarados como divindades capazes de eliminar o mal e curar doenças. Tem sido sugerido que o deus lunar terá adquirido esta funçao devido ao facto de as doenças serem atribuídas à influência da lua. Khonsu era para os gregos Hércules, o filho de Zeus (o equivalente grego de Amon), sem dúvida devido à ligaçao de Khonsu com Chu enquanto deus que suporta o céu. É representado com forma humana com a lua nova e a lua cheia sobre a cabeça. Por vezes, é representado com cabeça de falcao transportando o disco solar e duas altas penas.