Cidade na costa do Mediterrâneo fundada por Alexandre, o Grande, em 332-331 a. C., no sítio de uma antiga localidade chamada Rakotis, que depois foi aumentada por Ptolemeu I e Ptolemeu II. A cidade, residência dos Ptolemeus, rapidamente se tornou uma metrópole. A planificaçao urbana, baseada num projecto do arquitecto Dinócrates de Rodes e Cleómenes de Naucratis, era muito simples, com ruas paralelas. A urbe, rodeada por uma muralha, atingiu uma superfície de aproximadamente onze quilómetros quadrados. No século I a. C. lá viviam cerca de 500.000 pessoas, incluindo muitos judeus e gregos. A famosa biblioteca de Ptolemeu II, com a sua grande colecçao de papiros, foi construída no local, tendo o seu edifício sido destruído por um incêndio no século III da nossa era. Parte da colecçao de manuscritos terá sido guardada no Serapeum, um templo dedicado a Serápis construído pelo arquitecto Parmeniskos. Outros famosos edifícios de Alexandria eram o Cesareum de Cleópatra e Augusto (de onde foram retirados os obeliscos que agora se encontram em Londres e Nova Iorque), e o palácio na península de Lokias. A necrópole de Kom el-Chugafa, datada dos séculos I e II da nossa era, é hoje bem conhecida com o seu labirinto de corredores subterrâneos e os seus túmulos cortados na rocha dispostos em vários níveis. Na ilha de Faros, mesmo junto da costa, erguia-se um farol desenhado por Isóstrato de Cnido e datado do reinado de Ptolemeu I. Este edifício, com 120 metros de altura, era considerado na Antiguidade como uma das maravilhas do mundo.